A radioatividade pós-moderna entranhou o trabalho artístico depois de algumas décadas de disputa social, a qual contou com movimentos artísticos gerados na contracultura, orgulhosos de sua estética provocativa e escatológica, quanto movimentos - não menos ingênuos - cujas teses revolucionárias e discursos de classe foram apenas injetados em moldes e estética burgueses ou aculturados.
Por outro lado, o amadurecimento de muitos deles e o aparecimento de outros também influenciados por essas duas vertentes, capazes de abalar a arte imposta em sua forma, atribuindo-lhe conteúdo próprio, com força suficiente para burlar aparatos ideológicos e repressivos do poder e alcançar setores sociais expressivos, criaram propostas que permanecem atuais embora minoritárias
O individuo show da arte faz stand up sobre a dificuladade de extrair pasta de dente do tubo, escreve sobre o copo de requeijão, sua realidade é a mais imediata possível, seu papel no mundo é o de consumidor, se permite uma pseudocrítica do consumismo mas é incapaz de reflexão sobre as causas dos efeitos que enumera....
As artes plásticas idealizadas pelo mercado esvaziam de conteúdo e transformam em aparência, em superposição de imagens e objetos a obra de arte, com o suposto pretexto de dessacralizá-la.
Atores desesperados em alcançar a revolução tecnológica levam à exaustão mecanismos midiáticos e corpóreos a fim de, provocar e atingir, a catarsis aristotélica atualizada: o orgasmo automático no sistema límbico e suas estruturas.
Na dança e nas artes marciais a regra é voar, depois de treinos um tanto full time estilo ginástica, outros um tanto bélicos estilo milico.
O indivíduo show é multimídia, e sua palavra de ordem: performance.
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